sábado, 26 de janeiro de 2008

Sinopse para Projecto Documental

“ARTISTAS ANÓNIMOS” (Self-Portraits #01 a #06)

Projecto que radica na premissa de que algures na grande urbe vivem e trabalham, mais ou menos incógnitos, um número considerável de pessoas dotadas de intenções artísticas e que aspiram à divulgação mais abrangente do seu trabalho e talento.

Gente que se situa na periferia dos circuitos mainstream da difusão artística, uns aguardando a oportunidade de revelação, outros encarando a condição periférica como leitmotiv para as suas intenções alternativas.

Importa por isso conhecer a diferenciação das atitudes até porque, certamente, pelo menos alguns deles terão ideias, atitude e trabalho que merecem maior divulgação.

Nesse sentido se pensou compilar uma primeira série-piloto que apresentará 6 “artistas anónimos” provenientes de expressões artísticas diferenciadas (sobretudo oriundas das artes visuais, plásticas e performativas), alguns porventura assumindo a contaminação mix-media nas suas intervenções.

O formato compreende segmentos individuais com 2 minutos de duração, passíveis de ser integrados em “série temática” ou exibidos como clips autónomos, em multiplataforma (TV, Net, Mobile).

O conteúdo de cada clip consistirá na apresentação de “portfolio” que individualiza cada artista, entendendo-se aqui “portfolio” em sentido mais lato, pois não se trata tanto da apresentação de excertos de trabalhos seleccionados, interessando bastante mais a comunicação de ideias e atitudes singulares que compõem a intersecção da visão artística e da mundividência de cada um.

Explorando o efeito de “colagem” evocativa de elementos media, veremos cada artista no seu ambiente de trabalho e nas rotinas do seu quotidiano, acompanhado por um discurso fragmentário e compósito de acções, pensamentos evocados e memórias verbalizadas pelo próprio. Distanciando-nos do formato de entrevista, privilegia-se o discurso livre e directo do artista, como voz individual que atribuirá complemento e contraponto ao que o trabalho artístico por si só pode comunicar.

Cada segmento será produzido para eles e “com” eles, no sentido em que os próprios artistas serão parte integrante das propostas formais que darão uma expressão diferente a cada clip, desse modo também representativo da identidade de cada um. Pretende-se assim a diferenciação no conteúdo por oposição à uniformidade no formato de apresentação que a lógica de série poderia fazer supor. Antecipando que para a equipa envolvida, o processo de cada produção poderá constituir também uma experiência diferenciada e singular.

Conceito da “matrioska”: aplicável, no sentido em que cada segmento tem afinidade temática com os restantes, os quais podem ser exibidos como um todo, associados parcialmente ou independentes entre si.

Aplicações em multiplataforma: adequação a qualquer dos canais de exibição, mormente em ecrãs de reduzida dimensão dado o tipo de enquadramentos a utilizar (maioria em planos fechados). De realçar que as características do formato de “programa”, o tornam especialmente interessante para divulgação através de circuitos alternativos de difusão aberta (sobretudo internet), inclusive pela curta duração (segmentos de 2 minutos cada).

Logística requerida: equipa técnica reduzida (2 pessoas, uma na câmara móvel e outra no som) e meios técnicos mínimos (uma câmara, um microfone, um tripé). Utilização exclusiva de luz existente.

Calendário necessário: cerca de 6 dias (de 8 horas) para registar as actividades de 6 intervenientes em diversos locais geograficamente próximos. O resultado das filmagens corresponde a cerca de 6 segmentos x 2 minutos. As filmagens decorreriam em dias de semana e/ou de fim-de-semana, antecedidas por uma pesquisa de 6-8 dias (não-consecutivos) destinada a contactar possíveis candidatos e a aprofundar o entrosamento com o grupo seleccionado.

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